Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a nutrição é definida como um conjunto de processos pelos quais os seres vivos incorporam, modificam e removem substâncias do exterior.
O estado nutricional de uma população é um indicador positivo de saúde, ao contrário da maioria dos indicadores clássicos de morbidade e mortalidade, que mede a ausência de saúde. A nutrição humana é uma das áreas mais importantes do ponto de vista da saúde e do bem-estar das populações.
O termo “cancro” refere-se a um conjunto de doenças que têm origem no crescimento desregulado de células que vão afetar os tecidos circundantes. Ao combinar a predisposição genética com outros fatores de risco como o tabaco, álcool, envelhecimento e radiação ultravioleta, a incidência de cancro tem vindo a aumentar consideravelmente, sendo a segunda principal causa de morte, sendo responsável por mais de 17% de todas as mortes a nível mundial.
Segundo De Carvalho et. al. (2011), diversos estudos demonstraram que a perda de peso associada ao cancro leva a uma pior Qualidade de Vida (QV), um pior prognóstico e uma pior tolerância às terapêuticas anti-neoplásticas.
Existem diversos estudos que sugerem o tipo de cancro e principalmente a sua localização, têm uma grande influência no desenvolvimento de desnutrição. Com base nisto, a nutrição tem de ser uma intervenção obrigatória e adjuvante, com o potencial de melhorar o prognóstico da doença e uma intervenção nutricional adequada e individualizada, melhora a sintomatologia, reduz a morbilidade e mortalidade, apresentando um prognóstico final mais favorável para o paciente.
Com a evolução da ciência, a taxa de sobreviventes ao cancro tem vindo a aumentar, mesmo nos tipos de cancro mais letais. Sendo factual o aumento da prevalência desta patologia a nível mundial, teremos um número crescente e relevante de pessoas a procurar recuperar ao máximo das agressões causadas tanto pela doença como pelo seu tratamento. É neste aspeto que a atividade física e o exercício físico desenrolam um papel fundamental.